Cemitério Municipal São João Batista
São João da Boa Vista (SP)
São João da Boa Vista (SP)
A cidade de São João da Boa Vista foi fundado em 24 de junho de 1824, por Antônio Machado de Oliveira e os seus cunhados Inácio Cândido e Francisco Cândido, que vieram de Itajubá – MG, ocupando a região que supostamente pertencia a Mogi-mirim. Chegaram às vésperas do dia em que se comemorava o culto a São João Batista, juntando-se ao fato da cidade ter sido iniciada nos terrenos da Fazenda Boa Vista daí a origem do seu nome. O Cônego João Ramalho, um português que chegou ao Brasil no ano de 1800, foi quem projetou a localidade de São João da Boa Vista e idealizou seu perfil econômico. Ele queria expandir o progresso por toda a região, a partir de São João, atividades como agropecuárias, industriais e rurais. Outras atividades também ploriferaram, dando origem ao comércio local para a venda dos produtos produzidos nas lavouras. Em 1853 ocorreu a missa de inauguração da Igreja Matriz em que o Cônego João Ramalho caiu desfalecido.
Em 1859 a lei provincial elevou a freguesia à Vila. Mesmo sem melhoramentos públicos, a Vila ia progredindo graças à exuberância de suas terras, procurada para a plantação de café, cana-de-açúcar, fumo e cereais. Em 24 de abril de 1880 São João da Boa Vista é emancipada e elevada a município. A instalação da estrada de ferro Mogiana tornou a exportação mais intensa na região. A cidade possui um dos cemitérios mais belos da região, entre alamedas arborizadas estão as obras do maior escultor sanjoanense Fernando Furlanetto, “uma galeria de arte a céu aberto”.
O Cemitério Municipal João Batista conta com um riquíssimo patrimônio de arte funerária, porém, pouco conhecido. Isso se deve a produção funerária de Fernando Furlanetto. O cemitério tipo secularizado segue o padrão vigente de época, estruturado por quadras retangulares, ladeadas por alamedas e ruas arborizadas.
Dentre as personalidades importantes enterradas no Cemitério João Batista está a família do marmorista italiano Antônio Furlanetto. Também estão sepultados lá Carolina Malheiros, a “criadora” da Santa Casa de Misercórdia de S. J. da Boa Vista; o primeiro Juiz de direito da cidade, Gabriel Pio Loyola; o deputado estadual Joaquim Cândido de Oliveira.
No Cemitério João Batista e região concentra uma quantidade de obras funerárias produzidas na Marmoraria Sanjoanense, fundada em 1896 por Antonio Furlanetto e irmão. A seguir associaram ao escultor Giuseppe Zarri, parceria que durou de 1896 a 1961. Destaca-se na marmoraria a produção do escultor Fernando (1987 – 1975), filho de Antonio Furlanetto. Fernando fez sua formação artística no Instituto de Belas Artes de Pietrasanta juntamente com seu irmão Jacomo. Tornou-se referência pela quantidade e qualidade de obras que realizou nos cemitérios da região.
O Cemitério é uma instituirção cultural da sociedade ocidental. A preservação do seu patrimônio é uma das formas de legitimá-lo, assim como as atividades artísticas e culturais realizadas in loco.
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